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A alienação e egoísmo do futebol brasileiro

Publicada em 03/01/23 às 23:36h - 82 visualizações

por Por Chico Lins Jornalista. O esporte por todos os ângulos


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O velório de Pelé, o maior jogador de todos os tempos, mostrou ao mundo a falta de sensibilidade, solidariedade e gratidão, dos ídolos recentes do futebol brasileiro. E não só deles, mas também do universo da bola em nosso país. Com exceções, o meio é repleto de alienados e egoístas. Vivem desconectados da realidade.

Que o futebol virou um negócio, isso nós sabemos. E esse mercado cresceu principalmente depois de Édson Arantes do Nascimento. Os jogadores que vieram depois de Pelé tiveram, além de seus talentos, uma estrada asfaltada para virarem celebridades e ganharem um dinheiro que jogadores do passado jamais sonharam ganhar. Quantos gênios do nosso futebol terminaram a vida com dificuldades financeiras ou mesmo na pobreza? O caminho duro, esburacado e tortuoso foi pavimentado por esses craques pretéritos. Eles merecem ser reverenciados e mais respeitados.

A falta de empatia e solidariedade é notada em muitos dos grandes jogadores que esse país produziu nas últimas décadas. Na Copa do Mundo do Catar vimos nossos ex-craques no camarote da FIFA, todos de terno e gravata e usufruindo das benesses do poder maior do futebol mundial. Claro que estavam ali para tentar dar credibilidade para o evento marcado por polêmicas, desde a indicação do país como sede, até a premiação da Argentina como a grande campeã.Kaká, Ronaldo, Rivaldo, Roberto Carlos e Cafu foram contratados pela FIFA para estar ao lado de Gianni Infantino, presidente da entidade. São embaixadores do futebol e isso não é problema. Eles têm o direito de vender suas imagens como quiserem. Mas é inadmissível, por exemplo, não terem ido na homenagem que a Conmebol fez para o Pelé durante a competição. Javier Zanetti, argentino, foi quem falou no evento.Como também é inconcebível nenhum deles estar presente nas últimas homenagens ao Rei do futebol. Além da ausência desses jogadores, poucos clubes brasileiros mandaram representantes.

O Real Madrid mandou Emílio Butragueño, lendário ex-jogador e atual vice-presidente, como seu representante. No mundo das redes sociais, um post pode ter mais engajamento, mas na vida real, um gesto de consideração e respeito tem muito mais valor. E poucos tiveram esse cuidado.

Em entrevista recente, Kaká disse que o brasileiro não sabe valorizar seus ídolos. Acho que até tem razão, mas poderia começar por ele e por seus antigos companheiros de seleção o reconhecimento e o respeito por alguém que foi tão importante na história do nosso futebol e do nosso país. Tirando Mauro Silva, as gerações do tetra e do penta pisaram feio na bola. A atitude desses jogadores talvez explique o distanciamento, cada vez maior, do torcedor com a seleção brasileira. Distância essa que foi motivada por eles mesmos.

Kaká, Cafu, Roberto Carlos e Ronaldo Fenômeno no Catar — Foto: Reprodução

Kaká, Cafu, Roberto Carlos e Ronaldo Fenômeno no Catar — Foto: Reprodução





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